15.7.12

Endomingando...


Escrevo diante da janela aberta
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta! 

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons.., acerta... desacerta..
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas... 

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem... 

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me, estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

Mario Quintana

27.8.11

Entre meninos e meninas.



Sabe do que Dona menina
eu estou com saudade
de espalhar a nossa rima
e ser feliz com vontade...

A saudade que eu sinto
Que aperta a todo momento
De vestir de poesia
Esse nosso sentimento

E como um dia escrevi
nem sei como sentir saudade
de quem nem, ainda, vi
mas acho que é sentimento de vontade
vontade de te ter por aqui

Tem gente que diz não existir
Sentimento pelo que nunca se teve
Mas eu penso e juro sentir
Vontade grande do abraço que deve
Ser forte, cheio e fazer sorrir

Então que bom Dona Menina
que eu não fico só nessa
eu acredito sim, pequenina
que o sentimento assim se expressa
não sei como, mas isso nem se examina
Sentimento que é sentido, não pode ser descrito

26.8.11

Sem fim.


Noite, calada, quando escuto um barulho
logo me assusto e fico a espiar a janela.
Lá fora está tudo escuro,
Cá, por dentro, é mais escuro ainda.
Mas nem sei como faz pra clarear.
Alguns pedem que eu ascenda uma luz,
mas não possuo luz por aqui...
A não ser o sol que invade a minha janela como quem não quer nada.
Fora isso só minha luz interior, que ainda consigo imprimir em forma de palavras.
Mas de noites e barulhos eu vivo a envolver-me... e de dias e sol vivo a descrever-me.
É por dias e noites, caladas ou zumbidas, fico a esperar, ancioso, o dia do juizo final. Me prometeram que ia acontecer. Espero que assim seja. Preso aqui, com papéis e canetas e um pouco de tinta, escreverei até o fim dos fins. E o meu fim, assim, nunca acaba. Acabado sem fim, aqui ponho o, meu, fim!

20.8.11

Grama Verde

[Fotografia: Mario Pontes]

Pintei de verde a grama em dia claro
De verde forte e falso e vivo e raro
Que seja a grama brutal
Se eu quero a cena ideal
Na luz do dia não passei a tinta
Que luz tão clara só com sol se pinta
Que seja o dia real
Se eu quero a cena ideal
Olhando a cena é que eu me sinto vivo
Deixando o tempo abrir o teu caminho
Pela grama verde eu quero te ver passar
Pela grama verde eu quero te ver passar
Pintei a grama pro teu passo é claro
Teu passo forte e falso e vivo e raro
Que seja o passo banal
Se eu quero a cena ideal
Olhando a cena é que eu me sinto vivo
Deixando o tempo abrir o teu caminho
Pela grama verde eu quero te ver passar
Pela grama verde eu quero te ver passar
Só passar...
[Composição: Vitor Ramil]


7.5.11

estrelaMÃE.



Dizem que estrelas nos dão esperança, confiança, e que são um simbolo de luz ao fim do caminho.
Mas não falo de estrelas do céu, aquelas brilhosas que iluminam, junto à lua, a noite celeste.
Nem da estrela das águas, das tão puras aguás.
Falo mesmo é da estrela que me segue na terra, essa sim é simbolo de esperança e confiança. Ela é a esperança e confiança. Não há ser no mundo igual a tão bela e amorosa Mulher que me segue desde os primórdios e não há o que eu faça que não seja me espelhando na tão brilhosa estrela. É um brilho tão gigante que contagia todos ao redor. É um brilho interno mas que nada impede de ser espalhado. E essa estrela tem nome pequeno mas com poder de mover montanhas e de remover perigos, até de se arriscar se for preciso. MÃE. Esse nome provoca sensações boas em alguns e terriveis em outros. Alguns A teem por perto, e sabem do amor que tão grande é. Mais alguns A teem por perto também, mas não dão o devido valor que merecem. Já outros queria ter e não tiveram oportunidade, mas sentem. E isso basta.
MÃE de amor, de esperança, de confiança, de LUZ. E essa Luz permanecera viva em nós para todo o sempre, e para todo o sempre seremos gratos à tão bela estrela terrestre, MÃE.

22.4.11

AMOR em (todos os) dias santos.

Dia santo Dona Moça...
O que iremos fazer?
Orar pelos pecados,
Que eu hei de cometer.


Acordei orando, hoje, moço
O que mais devo fazer?
Afinal em dia santo
Nunca soube como proceder.

Graças a sexta da paixão
Hoje não é dia de solidão
A casa ta cheia, bem bonita
Todo mundo se arrebita

Mas como diria minha avó
Na sexta santa ninguem cata pó...
Então hoje eu descanço
Na minha rede de balanço
Com uma musica bem danada
Musica não é pecado, é?

Do lado de cá, Seu Menino
Acontece diferente
Não estou sozinha, não
Mas nada de muita gente

Eu queria descançar
Num balanço de rede como você
Sentir o vendo, ouvir boa musica
Até, enfim, adormecer

Mas agora, que ainda não dá
Fico aqui, quieta no meu canto
Daqui a pouco meus abraços chegam
E em seus braços, denscaço.

Apois é só assim que presta mesmo
cada um com seu dia santo
Na casa do amor é que é melhor
Que faz o que quer até da nó

Pode até cair de sono
Num aconchego de um pano
Mas sendo pano do amor
Com aquele cheirinho de flor
Que num larga nem lavando
Aproveita e esse cheiro
Carrega contigo pra casa
E eu sei que lá, mesmo, é que não larga

É bem assim, mesmo, menino
Coisas desse tal amor
Desconcentra e tira o chão
Esse tal cheiro de flor
Que fica dentro do peito
Onde só um sorriso perfeito
Vale mais que 1 milhão

- a inspiração tá lenta aqui, Seu Menino -

Então falemos normalmente,
A não ser que não aguente
Ficar sem rimar um pouco
Rima é, mesmo, coisa de louco...

Louca que sou, mesmo, pensei agora
Que tem uma coisa que há tempos me incomoda
É isso de, dia santo, ser pra mim, dia tão normal
Tem tanta gente que tanto reza, faz almoço ou ritual

Mas tem outra coisa, menino, que mexe com minha cabeça
É que em todo dia
Independente do que aconteça
Fica aqui esse tal amor

E isso me deixa feliz, moço
Faz de todos os meus dias, santos
Porque tem tanta gente no mundo
Que vive, tanto, aos prantos

E isso que carrego aqui dentro
Sei que um dia há de sair
venha comigo, menino, me dê a mão
Me ajude nessa missão
De o amor espalhar aos cantos
De ajudar a parar os prantos
Destes, tantos, nossos irmãos

Depois a gente volta
E numa rede se balança
Bota o fone no ouvido
Sorri feito criança
E, então descansa em paz,
Porque isso que a gente faz
Só faz mesmo, quem ama.

Então a mão eu lhe dou menina
E o amor eu tenho aqui dentro do peito
E na hora do descanço
Na tal rede de balanço
Ficaremos a cantar e encantar
E por fim dormiremos
Do cançado de espalhar
O amor aos quatro cantos

Pois essa terefa é dificil
E só faz quem tem amor.

5.4.11

alado

Parado, no meio do nada, com asas. Sem poder voar.

26.3.11

O que seria...


O que seria de um cristal sem belos olhos para apreciá-los?
O que seria mais ainda de belos olhos sem algo bonito para apreciar?
Não teria nenhum sentido ter olhos e não poder ver pelas entranhas. Ver não só a capa, mas também  o que tem por dentro, o que constrói todo o ser, aquilo que está por dentro mas dá alma e vida ao que fora está.
O que faria um coração se não bater pra viver, viver à bater a sua porta.
O que faria um grande amor, se um dia o outro perdesse?
O que seria das perguntas se não tivesse seres para respondê-las?
E o que seria mais ainda do mundo sem seres com respostas?
Não sei o que seria do meu eu sem você,
muito menos o que como vai ser para eu te esquecer!



Pétalas de um Amor

Traga-me uma rosa, Amado, antes de uma grande e quente xícara de teu amor.
Dê-me esta rosa para acalmar minh'alma e não precisar pousar teu sopro em mim, aliviando-me do teu saboroso, porém quente, querer.
Entrega-me esta rosa com tal doçura e, também, fervor, como quem se entrega a um amor arrancando os pés do chão; como quem se joga da pedra mais alta sabendo que a terra firme vai chegar, mas sem temor algum, afinal, que lindas são as pétalas vermelhas em pleno voo.
Faz-me, então, Mulher, Amor. Faz de mim tua canção, tua mais bonita cor, tua valsa mais demorada. Seja para mim o aroma do café que me desperta todas as tardes. Sejamos, os dois, num só, AMADOS. E antes de sair, de novo, por esta porta, Amado... deixa-me uma rosa, por favor.

25.3.11

Verde encantado


Que o vermelho do nosso amor possa encantar o verde dos grandes campos e chamar a atenção de todos para o nosso tão, grande, e lindo amor.