26.8.11

Sem fim.


Noite, calada, quando escuto um barulho
logo me assusto e fico a espiar a janela.
Lá fora está tudo escuro,
Cá, por dentro, é mais escuro ainda.
Mas nem sei como faz pra clarear.
Alguns pedem que eu ascenda uma luz,
mas não possuo luz por aqui...
A não ser o sol que invade a minha janela como quem não quer nada.
Fora isso só minha luz interior, que ainda consigo imprimir em forma de palavras.
Mas de noites e barulhos eu vivo a envolver-me... e de dias e sol vivo a descrever-me.
É por dias e noites, caladas ou zumbidas, fico a esperar, ancioso, o dia do juizo final. Me prometeram que ia acontecer. Espero que assim seja. Preso aqui, com papéis e canetas e um pouco de tinta, escreverei até o fim dos fins. E o meu fim, assim, nunca acaba. Acabado sem fim, aqui ponho o, meu, fim!

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